Rally da Safra vai a campo avaliar efeitos climáticos sobre a safra 2015/16

Notícias 21 de janeiro de 2016

A partir do dia 25 de janeiro, o Rally da Safra 2016 vai a campo avaliar os impactos que as instabilidades climáticas causaram na produção de grãos brasileira.

 

Com um início conturbado devido aos efeitos do El Niño, a safra brasileira de soja 2015/16 foi impactada pela seca em áreas do Centro-Oeste e Nordeste. Porém, as chuvas que voltaram a cair com regularidade no Mato Grosso, Minas Gerais e MAPITOBA levaram ao restabelecimento do potencial em diferentes regiões. A partir do dia 25 de janeiro, o Rally da Safra 2016 vai a campo avaliar os impactos que as instabilidades climáticas causaram na produção de grãos brasileira.

No Centro-Oeste e Nordeste as lavouras mais precoces enfrentaram um período seco, com chuvas abaixo da média em novembro e dezembro, e mal distribuídas regionalmente. Parte das lavouras plantadas no calendário correto, entre o final de setembro e começo de outubro, terá produtividade reduzida. “Algumas regiões específicas – como o Médio Norte, o Oeste e o Nordeste do Mato Grosso – sofreram bastante e registram perdas irreversíveis. Em outras regiões, o plantio sofreu atraso de mais de 30 dias”, afirma André Pessôa, coordenador geral do Rally da Safra 2016 e sócio diretor da Agroconsult, organizadora do projeto.

Na região Sul, o excesso de chuvas e seu impacto no surgimento da ferrugem preocupam os produtores. Em lavouras mais adiantadas, como no oeste do Paraná, as chuvas estão atrapalhando a colheita. “Até o momento, os resultados são bons, mas os produtores ainda sentem a ameaça do excesso de chuvas no momento da colheita”, diz Pessôa.

A safra de soja ainda está em desenvolvimento na maioria das regiões. Voltou a chover no Nordeste e as lavouras podem apresentar o mesmo potencial da safra passada. Situação semelhante acontece em Goiás e Mato Grosso do Sul.

Diante desse cenário, o Rally da Safra 2016 vai a campo com a perspectiva inicial de uma safra de soja com 99,2 milhões de toneladas. O crescimento é de 2% em relação à safra passada (97,2 mmt.). A área plantada é estimada em 32,9 milhões de hectares ou 3% superior à passada (32,1 milhões de hectares). “O Mato Grosso, com viés de baixa, pesa muito nos números. Caso haja perda de uma saca por hectare no estado, a perda total será de 546 mil toneladas. Goiás, Mato Grosso do Sul e Santa Catarina apresentam viés de alta e alguns estados caminham para a definição, como Rio Grande do Sul, Paraná e São Paulo. Temos ainda os atrasados, como o Leste do Mato Grosso, Noroeste de Minas Gerais, Oeste da Bahia, Sul do Maranhão e Piauí. Os demais estados são neutros e não esperamos mudanças significativas daqui pra frente”, complementa o coordenador do Rally.

Ponto positivo nesta safra é a redução no número de aplicações contra pragas e doenças – de 1 a 1,5 aplicação, se comparada com o mesmo período do ano passado. “É preciso olhar com atenção esse ponto positivo que é a redução de custo com defensivos. E este foi o primeiro ano com forte impacto da soja Intacta, ajudando na redução da pressão das lagartas”, diz Pessôa.

Milho

Em relação ao milho, a expectativa de que o atraso do plantio e da colheita da soja pudesse atrapalhar a implantação de milho safrinha não se confirmou.

A perspectiva para a safra de milho verão é de 27,9 milhões de toneladas, volume 7% inferior ao da safra passada (30,1 milhões de toneladas), com redução de 8% na área plantada, chegando a 5,7 milhões de hectares.

Na segunda safra, a expectativa é de 57,7 milhões de toneladas, com aumento de 6% sobre a safra passada (54,6 milhões de toneladas). A área plantada deverá registrar crescimento de 9%, chegando a 10,5 milhões de hectares. A safra total estimada é de 85,6 milhões de toneladas, contra 84,7 milhões de toneladas da safra 2014/15.

Onze equipes técnicas

Oito equipes estarão em campo para avaliar lavouras de soja e três irão verificar o milho segunda safra. As duas primeiras equipes iniciam os trabalhos nas lavouras de soja precoce em Campo Grande (MS), no dia 26 de janeiro, e em Sinop (MT), no dia 25. A Equipe 3 prosseguirá no MT a partir do dia 01 de fevereiro e, na sequencia, chegará a Goiás.

Os técnicos das Equipes 4, 5, 6, 7 e 8 voltam a campo a partir do dia 23 de fevereiro para avaliação da soja e seguem os trabalhos até 15 de março. As equipes percorrerão propriedades nos Estados de Goiás, Mato Grosso, Tocantins, Maranhão, Piauí, Bahia, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul e Minas Gerais.

Nesta edição, outras três equipes avaliarão o milho segunda safra entre os dias 03 e 20 de maio no Paraná, Mato Grosso do Sul, Goiás e Mato Grosso.

Organizado pela Agroconsult, o Rally da Safra 2016 chega à 13ª edição patrocinado pelo Banco do Brasil, Bayer, Monsanto, Mosaic e Volkswagen, com apoio da BM&FBOVESPA, FIESP, Agrosatélite, Agroipês, Impar Consultoria no Agronegócio e Universidade Federal de Viçosa.

O trabalho das equipes e o roteiro completo da expedição poderão ser acompanhados pelo site www.rallydasafra.com.br, com informações atualizadas diariamente no www.twitter.com/RallydaSafra e www.facebook.com.br/RallydaSafra.

Data de Publicação: 20/01/2016 às 19:20hs
Fonte: Assessoria de Comunicação Rally da Safra

Disponível em: http://www.portaldoagronegocio.com.br/noticia/rally-da-safra-vai-a-campo-avaliar-efeitos-climaticos-sobre-a-safra-2015-16-139356