Setor está em alta

Notícias 18 de março de 2013

Da Redação

A Biotecnologia está em alta. De acordo relatório do sistema da Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan ) publicado no final de 2012, quem trabalha na área está em uma das 11 carreiras da indústria criativa cujos salários estão acima da média nacional. O mercado formal do núcleo de biotecnologia tem rendimento mensal médio de R$ 4.258, duas vezes e meia maior da média nacional (R$ 1.733) e o quinto maior entre setores da Indústria Criativa.

O Mapeamento da Indústria Criativa no Brasil mostra que o setor de Biotecnologia é formado por quase 13 mil empresas e aproximadamente 160 mil profissionais. Destes, 23 mil ocupam posições dentro do núcleo criativo do setor, sendo que apenas os biólogos representam 65% deste número. Dentre as diversas carreiras que uma pessoa pode seguir na área, os biotecnologistas são os que mais se destacam dos demais, com salário médio de R$8.701.

Quem ainda não está no mercado de trabalho também pode se beneficiar do bom momento. Diversos programas, a exemplo do “Ciência sem Fronteiras”, oferecem bolsas de estudos para estudantes de graduação e pós-graduação em Biotecnologia realizarem parte de seus estudos fora do País.

Um Trabalho publicado na edição de fevereiro do Journal of Agricultural Science, periódico vinculado à Universidade de Cambridge, no Reino Unido, confirmou que culturas geneticamente modificadas (GM) oferecem vantagens se comparadas às suas variedades convencionais. A pesquisa intitulada “Impactos econômicos e agronômicos das culturas geneticamente modificadas comercializadas: uma meta-análise” foi conduzida por um grupo de cientistas liderados por F. J. Areal. O estudo traz conclusões que contradizem críticas às culturas transgênicas. Evidências apontam que o uso de biotecnologia agrícola é vantajoso tanto do ponto de vista econômico quanto do agronômico. De acordo com o pesquisador, particularmente, os eventos Bt (de resistência a insetos) são os que mais superam os não-transgênicos no que diz respeito a produtividade e margens de lucro. Sendo que outra característica bastante adotada na agricultura, a tolerância a herbicidas, também se destacou por proporcionar benefícios. “As culturas tolerantes a herbicidas têm performance econômica melhor devido ao fato de facilitarem o manejo da lavoura”.

A análise dos dados levantados em todas as regiões do mundo concluiu que, no que se refere ao nível de desenvolvimento, as plantas GM são vantajosas para todos os países e tipos de agricultura. Sementes transgênicas têm desempenho ainda melhor nos países em desenvolvimento, com destaque para a cultura do algodão BT, a mais lucrativa delas. Para o representante do ISAAA no Brasil, Anderson Galvão, esse aumento demonstra que os agricultores brasileiros têm à sua disposição tecnologias que permitam o aumento de competitividade do setor primário. Segundo ele, os benefícios provenientes da redução de custos em virtude do manejo facilitado dos transgênicos revelam que a tecnologia disponível no Brasil é equivalente àquela colocada à disposição nos países desenvolvidos. (WT)

 

Fonte: A Gazeta – CUIABA – (MT) – 18/03/2013